Retomei aos poucos a digitalização desse catecismo, porém não tenho tempo suficiente para fazer como desejaria. Por esse motivo, a digitalização será feita de aos poucos, a não ser que surjam interessados em ajudar.
Obrigado pela visita, e bom proveito.
Apresentação
Após me tornar católico, passei a conhecer, além dos que já conhecia, uma grande quantidade de católicos empenhados em preservar sua fé. Alguns deles me indicaram um mosteiro onde monges piedosos estão a construir uma igreja, e onde também se reza a Missa Tridentina. Lá conheci católicos incríveis. Também conheci o pe. Jahir. Para a preparação do meu batismo, ele me passou para ler o Catecismo Escolar e Popular do prof. P. Spirago, do qual li. Ao devolver, ele mandou eu reler (rsrs). Como normalmente reler um livro se torna monótono para mim (por mais interessante que seja, como é o caso desse catecismo), resolvi digitá-lo aos poucos. Não só para memorizar melhor os ensinos, mas para compartilhar com mais pessoas esse catecismo.
Como ele é bem antigo (a primeira edição é de 1902), as palavras do português não são as mesmas dos tempos atuais. Dessa forma, trocarei as palavras antigas por sinônimos atuais (em alguns casos aparenta mais algo como uma tradução!).
Espero que gostem, assim como eu, do ensino desse catecismo. Ele ensina o que a Igreja crê desde os séculos.
É claro que um catecismo não pode e nem vai substituir a Bíblia em ensino e valor. No entanto, ele serve como um professor, ou, no caso dos catequistas, um auxiliar. Isso ajuda a manter um ensino único, diferente das várias interpretações da Bíblia. Ora, a verdade é uma só, e não várias porções contraditórias.
Espero que além de ler o que digitar (que por conta de algumas tarefas cotidianas talvez tenha momentos em que demore de colocar uma nova parte), você também possa divulgar aos amigos, ou em sua página na internet.
Este layout é temporário. Pretendo modificá-lo enquanto digito e tenho mais idéias.
Em Cristo.
Como ele é bem antigo (a primeira edição é de 1902), as palavras do português não são as mesmas dos tempos atuais. Dessa forma, trocarei as palavras antigas por sinônimos atuais (em alguns casos aparenta mais algo como uma tradução!).
Espero que gostem, assim como eu, do ensino desse catecismo. Ele ensina o que a Igreja crê desde os séculos.
É claro que um catecismo não pode e nem vai substituir a Bíblia em ensino e valor. No entanto, ele serve como um professor, ou, no caso dos catequistas, um auxiliar. Isso ajuda a manter um ensino único, diferente das várias interpretações da Bíblia. Ora, a verdade é uma só, e não várias porções contraditórias.
Espero que além de ler o que digitar (que por conta de algumas tarefas cotidianas talvez tenha momentos em que demore de colocar uma nova parte), você também possa divulgar aos amigos, ou em sua página na internet.
Este layout é temporário. Pretendo modificá-lo enquanto digito e tenho mais idéias.
Em Cristo.
segunda-feira, 16 de abril de 2012
O Redentor (1)
A promessa do Redentor
Quando Deus prometeu um redentor aos homens?
1) Deus prometeu um redentor aos homens imediatamente depois do pecado.
Deus disse à serpente: “Porei inimizades entre ti e a mulher... Ela te esmagará a cabeça”. Com isto deu a entender que uma mulher haveria de quebrar o poder que o demônio, por causa do pecado, conquistara sobre o gênero humano. Maria derrotou o poder do inferno, trazendo-nos o Salvador.
2) 2000 anos mais tarde Deus prometeu a Abraão que um de seus descendentes seria o Redentor.
Deus repetiu-lhe várias vezes a mesma promessa: primeiro chamando-o à sua vocação, mais tarde ao visitá-lo em companhia de dois anjos, e, novamente, na imolação de Isaac. A mesma promessa deu a Isaac, a Jacó e, 1000 anos depois, ao rei Davi.
O que Deus mandou anunciar pela boca dos profetas sobre o Messias?
Deus mandou anunciar pela boca dos profetas o seguinte acerca do Messias: seu advento, sua pessoa, sua paixão e glorificação.
Profeta é um homem que prega a mandado de Deus. Ouve, ao todo, cerca de 79 profetas. O próprio Moisés foi profeta; o último foi Malaquias, aproximadamente no ano 450 antes de Cristo.
O que os profetas predisseram sobre o advento do Messias?
Os profetas predisseram sobre o advento do Messias: 1) que o Messias nasceria em Belém, 2) de uma virgem da estirpe de Davi, 3) enquanto ainda estivesse de pé o templo.
Daniel (cerca de 55 anos a.C) chegou a predizer o ano da morte do Messias, na sua profecia das setenta hebdômadas. Predisse que estas decorreriam desde a época de refortificação da cidade de Jerusalém (453 a.C.) até à vida pública de Jesus, e meia hebdômada até a morte do Messias. Por hebdômada entende-se um semana formada de anos em vez de dias.
O que os profetas predisseram sobre a pessoa do Messias?
Sobre a pessoa do Messias eles predisseram: 1) que seria Filho de Deus, 2) que seria ao mesmo tempo Deus e homem, 3) que seria grande taumaturgo, 4) sacerdote como Melquisedec, 5) profeta e 6) Rei de um Reino universal e indestrutível.
O que os profetas predisseram sobre a paixão do Messias?
Da paixão do Messias predisseram: 1) que o Messias seria vendido por 30 dinheiros, 2) que lhe haveriam de ser transpassados os pés e as mãos, 3) que suas vestes seriam sorteadas, 4) que o Messias seria paciente como um cordeiro.
O que os profetas predisseram da glorificação do Messias?
Os profetas predisseram da glorificação do Messias: 1) que o seu sepulcro seria glorioso; 2) que seu corpo não sofreria corrupção; 3) que os povos gentios o adorariam; 4) que em toda a Terra lhe seria oferecido um sacrifício imaculado.
Que tipos de Messias existiram no Antigo Testamento?
No Antigo Testamento houve os seguintes tipos (ou figuras) do Messias:
(Certas pessoas e coisas anunciaram simbolicamente a vinda do Salvador. O Antigo Testamento está para o Novo como o projeto para a obra, como a sombra para a realidade).
1) De sua paixão e morte: Abel, Jacó, José, Davi, o cordeiro pascal, a serpente de bronze.
2) De seu magistério: Noé, Moisés e o arcanjo São Rafael.
3) De seu sacerdócio: Melquisedec.
4) De sua ressurreição: Jonas.
A Arca foi símbolo da Igreja; o Maná do Santíssimo Sacramento – A realização de todas essas profecias prova que nossa religião é a verdadeira.
O Redentor (2)
A vida de Jesus
Que período distinguimos na vida de Jesus?
Distinguimos na vida de Jesus os seguintes períodos: 1) infância, 2) vida pública, 3) paixão e 4) a glorificação.
O que narra a S. Escritura sobre a infância de Jesus?
A S. Escritura narra o seguinte sobre a infância de Jesus:
1) O arcanjo S. Gabriel anunciou em Nazaré à Santíssima Virgem o nascimento de Jesus.
Eis a origem da festa da Anunciação (25 de março) e das Ave-Marias rezadas ao nascer do Sol, ao meio dia e à tarde.
2) Jesus cristo veio ao mundo num estábulo de Belém.
É este o fato que se comemora na festa do Natal. Do nascimento de Jesus em diante começa a contagem da era cristã. A vigília de Natal é dia de abstinência de carne. As quatro semanas que precedem o Natal se chamam Advento, e representam os 40 anos antes de Cristo.
O Menino Jesus foi adorado primeiro pelos pastores, depois pelos três Reis Magos.
A Festa dos Santos Reis é no dia 6 de janeiro. Chama-se também “Festa da Epifania”, palavra grega que significa aparição.
3) Quando o Menino Jesus completou 8 dias, deram-lhe, na circuncisão, o nome de Jesus.
É este o mistério que se comemora na festa da circuncisão, a 1º de janeiro, inicio do ano civil, chamado também Ano Bom. A lembrança deste mistério da infância de Jesus nos adverte que no novo só seremos felizes se subjugarmos nossas más paixões e iniciarmos tudo em nome de Jesus.
4) Aos 40 dias o Menino Jesus foi apresentado no templo de Jerusalém.
Comemora-se este fato na festa da Purificação de Nossa Senhora, a 2 de fevereiro. Em memória das palavras de Simeão, benzem-se velas antes da Missa solene e se faz procissão de velas acesas. Por isto chama-se também a festa de Nossa Senhora das Candeias ou da Candelária.
5) Os primeiros anos de sua infância passou-os Jesus no Egito, e os restantes, até os trinta, em Nazaré.
Advertida pelo anjo, a S. Família dirigiu-se ao Egito para fugir do cruel Herodes que perseguia o menino Jesus. Após a morte de Herodes, novamente avisada, voltou a S. Família para sua terra. Em Nazaré, Jesus exerceu com S. José, seu pai adotivo, o ofício de carpinteiro. Por isto perguntava o povo, vendo-o pregar na sinagoga de sua cidade natal: “Não é este o (tal) carpinteiro?”
Aos 12 anos, Jesus fez viagem ao templo de Jerusalém. Quando Cristo estava na idade de mais ou menos 28 anos, João Batista anunciou no deserto a próxima vida pública de Jesus.
O que a S. Escritura narra sobre a vida pública de Jesus?
A S. Escritura narra o seguinte sobre a vida pública de Jesus:
1) Antes de iniciar sua vida pública, Jesus fez-se batizar por S. João Batista e, em seguida, fez um jejum de 40 dias no deserto.
Em memória do jejum de Cristo a Igreja celebra entre jejuns os 40 dias da Quaresma, que vão desde a Quarta-feira de Cinzas até a Páscoa. Durante este período, os de maioridade podem comer com fartura uma vez no dia útil que for de Jejum (4º mandamento da Igreja), devem evitar os divertimentos ruidosos, como as festas, para a preparação à santa comunhão pascal (3º mandamento da Igreja).
2) Aos 30 anos Jesus deu inicio à sua vida pública.
3) Ensinou cerca de 3 anos na Judéia;
4) No decorrer de sua vida pública, Jesus reuniu 72 discípulos e 12 apóstolos.
Com o milagre operado nas bodas de Caná, Jesus iniciou seu magistério. As doutrinas de Jesus são chamadas de Evangelho, isto é, Boa Nova, porque, nela está a promessa da bem-aventurança eterna. Cristo falava de modo a todos o compreenderem facilmente; entendia-se com o povo em termos singelos e ilustrava os seus discursos com gestos, parábolas e demonstrações da vida da natureza. A idéia básica da pregação de Jesus era a seguinte: Procurai o Reino de Deus!
5) Jesus Cristo credenciou sua missão por milagres, por sua onisciência e pela santidade de sua vida.
6) Os fariseus e peritos na legislação judaica odiavam a Jesus e perseguiam-no, porque ele repreendia seus erros publicamente e porque sua doutrina não correspondia ao que eles aspiravam. Depois da ressurreição de Lázaro deliberaram matá-lo.
O que a S. Escritura narra sobre a paixão de Cristo?
A S. Escritura narra o seguinte sobre a paixão de Cristo:
1) No domingo, antes da festa da Páscoa, Jesus fez uma entrada triunfal em Jerusalém.
Daí o domingo com a benção e procissão dos ramos. A semana depois de Ramos chama-se Semana Santa, ou Semana Maior.
2) Quinta-feira Santa, à noite, Jesus comeu com os discípulos o cordeiro pascal, lavou os pés dos discípulos, instituiu o santíssimo Sacramento do Altar e foi para o Horto das Oliveiras, onde sofreu a agonia.
2.1) O cordeiro pascal fazia lembrar a libertação do cativeiro do Egito e era uma tipologia do Salvador. 2.2) A fim de imitar a humanidade de Cristo, o Papa lava na Quinta-feira Santa os pés de 12 e, desde S. Gregório Magno, a 13 padres. Bispos e muitos soberanos imitam este exemplo lavando os pés de 12 anciãos. 2.3) Na missa solene há comunhão solene por causa da instituição do Santíssimo Sacramento. 2.4) Nas catedrais consagram-se os santos óleos.
No horto das Oliveiras Jesus foi preso e injustamente condenado a morde, primeiro pelo Sinédrio e, depois, sexta-feira pela manhã, por Pilatos.
Perante o Sinédrio, Jesus professou sua divindade e por isso foi condenado. Pilatos reconheceu a inocência de Cristo e tentou soltá-lo; para tanto, apresentou ao povo dizendo: “Ecce-Homo”, confrontou-o com Barrabás. Intimidou-se, porém, ante a ameaça dos judeus de o acusarem ao Imperador.
3) Na Sexta-feira Santa, ao meio dia, Jesus foi crucificado no Gólgota, e morreu às três horas da tarde.
A subida ao Calvário acha-se representada nas 14 estações da Via-sacra. Um grande luto paira sobre a Igreja na Sexta-feira Santa; não há missa, não se toca nenhum sino, não arde a lamparina do sacrário, os altares ficam desnudos, os sacerdotes trajam paramentos pretos, prostram-se estendidos ao pé do altar e beijam descalços a santa cruz. Nas igrejas fica à veneração dos fiéis o santo sepulcro. A Sexta-feira Santa é dia de jejum com abstinência. Em muitas igrejas há o costume de se dobrarem os sinos cada sexta-feira às 3 horas da tarde, assinalando a hora em que Jesus expirou.
Deram-se, na morte de Jesus Cristo, os seguintes milagres: o Sol eclipsou-se, as rochas cindiram-se, rasgou-se o véu do templo, os mortos levantaram e apareceram.
O eclipse solar foi milagre, por ter ocorrido em época de lua cheia.
Na cruz, Cristo disse as 7 últimas palavras: 1) “Pai, perdoai-lhes!”, 2) “Hoje mesmo estarás comigo no paraíso”, 3) “Eis aí tua mãe!” 4) Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”, 5) “Tenho sede”6) “Está consumado!”, 7) “Pai, em vossas mãos entrego meu espírito”.
4) No Sábado de Aleluia, Jesus repousava no sepulcro.
No Sábado de Aleluia há benção da água batismal, porque antigamente batizavam-se os pagãos na Páscoa. O batismo era para eles uma ressurreição espiritual. A benção do círio pascal, com seus 5 cravos, recorda o Salvador que é a Luz do mundo.
O que a S. Escritura narra sobre a glorificação de Jesus?
A S. Escritura narra o seguinte sobre a glorificação de Jesus:
1) Logo depois da morte de Jesus, a sua alma desceu triunfante aos infernos, a fim de libertar de lá as almas dos justos.
“Infernos” não significa o inferno, mas o limbo. Lá se achavam todos os justos do Antigo Testamento. Estes suspiraram pela redenção. Cristo procedeu como o general que toma de assalto a fortaleza que sua gente jaz preza.
2) No domingo da Páscoa, de madrugada, Jesus saiu glorioso do sepulcro.
Com a sua ressurreição Cristo provou que é Deus e que também nós, um dia, ressurgiremos. Em memória da ressurreição celebramos a festa da Páscoa no primeiro domingo depois da lua cheia que segue o equinócio do outono (entre 22 de março e 25 de abril). Pelo mesmo motivo celebramos o domingo em vez do sábado. Os judeus celebram a Páscoa por causa de sua libertação do jugo egípcio. Na Páscoa devemos ressurgir espiritualmente pela confissão pascal (3º mandamento da Igreja).
Jesus Cristo ressurgido permaneceu, ainda, 40 dias sobre a Terra e apareceu muitas vezes aos apóstolos durante este tempo.
As aparições mais importantes são as duas do cenáculo (“Recebei o Espírito Santo...”), a do lago de Genesaré (“Apascenta as minhas ovelhas...”) e a de antes da Ascensão (“Ide pelo mundo inteiro...”).
3) No 40º dia depois de sua ressurreição, Jesus subiu do Horto das Oliveiras ao Céu.
Daí a festa da Ascensão, no 40º depois da Páscoa, precedida dos três dias das Rogações com as procissões.
4) No 10º dia depois de sua Ascensão, Jesus enviou o Espírito Santo sobre os Apóstolos.
Por isso festejamos o Pentecostes no 50º dia depois da Páscoa. No Pentecostes, os judeus comemoravam a legislação do Sinai. O primeiro Pentecostes do cristianismo foi um dia de batismo; assim continuou sendo. Eis porque há, até hoje, a benção da água batismal na véspera, Sábado, que também é dia de abstinência. No domingo subseqüente há a festa da Santíssima Trindade, e na quinta-feira seguinte a de Corpo de Deus. Esta última festa ilustra as palavras de Cristo: “Eis que estou convosco, todos os dias, até a consumação dos séculos”.
O que as palavras “Cristo está assentado à direita de Deus” significam?
As palavras “Cristo está assentado à direita de Deus” significam: no Céu Jesus Cristo tem, também na sua qualidade de homem, o supremo grau, a suprema glória e o supremo poder.
À direita é o lguar da honra. “Estar sentado” significa o poder régio e judicial. Aliás, o próprio Cristo dissera antes da Ascensão que possuía o poder supremo: “Todo poder me foi dado no Céu e na Terra”.
O Redentor (3)
A pessoa de Jesus Cristo
Quem é Jesus Cristo?
Jesus Cristo é: 1) o Filho de Deus feito homem, 2) o próprio Deus, 3) nosso Redentor e 4) nosso Senhor.
- O Filho de Deus feito homem.
Quando o Filho de Deus se fez homem?
O Filho de Deus se fez homem na anunciação do nascimento de Cristo.
Maria Santíssima deu o seu consentimento com as palavras: Faça-se em mim segundo a vossa palavra”. Daí a festa da Anunciação, em 25 de março.
Que quer dizer: o Filho de Deus se fez homem?
Quer dizer que o Filho de Deus, pela virtude do Espírito Santo, tomou corpo humano e alma humana.
A Encarnação é obra da onipotência divina, semelhante à criação de Eva do corpo de Adão. Assim como no homem o corpo e a alma estão unidos, do mesmo modo em Cristo a divindade e humanidade estão unidas. A Encarnação é obra do amor divino; as obras do amor divino atribuímo0las ao Divino Espírito Santo. – Para nós a Encarnação é um mistério, porque não podemos, com a nossa razão, compreender esta verdade.
Porque Deus devia fazer-se homem?
Deus devia se fazer homem para prestar cabal desagravo à majestade de dEle que foi ofendida.
O ultraje feito a Deus fora infinito, porque a gravidade de uma ofensa sempre se mede pela dignidade do ofendido. Nem o homem, nem o anjo poderiam expiar uma ofensa feita a Deus, só Deus mesmo. Por isso, Deus teve que se fazer homem, porque, como Deus , não podia sofrer.
Quem é o Pai de Cristo?
O Pai de Cristo é Deus Pai no Céu.
São José foi somente o pai adotivo de Jesus. Pensava o povo, porém, que Jesus fosse filho do carpinteiro José. Por sua pureza, S. José é representado com um lírio. É muito venerado como padroeiro dos moribundos, porque sua morte foi assistida por Jesus e por Maria. Celebra-se sua festa no dia 10 de março.
Por que é que Maria Santíssima é chamada com razão de Mãe de Deus?
Maria Santíssima é chamada Mãe de Deus com razão porque seu Filho é ao mesmo tempo Deus e homem.
Maria Santíssima chama-se também “Bem-aventurada Virgem” por ter permanecido sempre virgem e porque, sendo mãe de Deus, é de todas as virgens a mais feliz da Terra, e no Céu a mais santa.
Com que diariamente comemora a Santa Igreja o mistério da Encarnação?
A Santa Igreja comemora diariamente o mistério da Encarnação com o toque das Ave-Marias.
Toca-se o sino ao nascer do Sol, ao meio-dia e ao por do Sol. O Sol é o símbolo da “Luz do Mundo”, que a nós desceu na Encarnação. Ao soar das três Ave-Marias rezamos o Anjo do Senhor.
- Jesus Cristo é o Filho de Deus
Por onde sabemos que Jesus é o Filho de Deus?
Sabemos que Jesus Cristo é o Filho de Deus pelo seguinte:
1) Jesus Cristo jurou ser o Filho de Deus perante o Sumo Sacerdote.
2) Deus Pai o chamou Seu Filho no batismo do Jordão e na transfiguração do Tabor.
3) Na anunciação do nascimento de Jesus o arcanjo S. Gabriel chamou a Cristo de “Filho do Altíssimo”.
4) Também São Pedro professou a Cristo como “Filho do Deus Vivo” e mereceu, por isso, ser distinguido pelo Divino Mestre.
- Jesus Cristo é Deus
Por onde sabemos que Jesus Cristo é Deus?
Sabemos que Jesus Cristo é Deus pelas seguintes palavras de Cristo: 1) “Eu e o Pai somos um”, 2) “Todo o poder me foi dado no Céu e na Terra”, 2) “Antes que Abraão existisse, eu sou”, 4) “Pai, glorifica-me com aquela glória que eu tive em vós antes que o mundo existisse”.
Por causa das palavras “Eu e o Pai somos um”, os judeus quiseram apedrejar a Cristo, porquanto com isto ele se dizia Deus. Nas outras citações, Jesus atribui a si mesmo qualidades divinas, a saber: a onipotência e a eternidade. São João reuniu no seu Evangelho os dizeres de Jesus Cristo sobre sua divindade.
Quais os fatos confirmam a verdade das palavras de Cristo?
Os fatos que confirmam a verdade das palavras de Cristo são os seguintes: 1) seus milagres, 2) suas profecias, 3) sua sublime doutrina, 4) o sublime caráter de sua pessoa, 5) a milagrosa pregação de sua doutrina, 6) os grandiosos efeitos de sua doutrina.
Diz Jesus Cristo: “Se não quiserdes crer nas minhas palavras, crede nas obras!” 1) Os milagres mais importantes de Cristo são: sua própria ressurreição, as ressurreições dos mortos, as suas curas de enfermos, o controle da tempestade, a multiplicação dos pães e a transformação de água em vinho nas bodas de Caná. Jesus operou todos os milagres em seu próprio nome. 2) As profecias referiam-se à sua morte, a Pedro, a Judas, a João e a Jerusalém. 3) A doutrina de Jesus Cristo traz clareza absoluta sobre todos os problemas da vida e conduz à verdadeira paz da alma. 4) O caráter de Jesus Cristo permanece milagre na história universal, pois é isento de todo erro e brilha pelas mais exelsas virtudes. 5) A propagação do cristianismo é milagrosa pela razão de ter sido processada por intermédio de homens simples (pescadores), e por ter se operado a despeito das maiores dificuldades, 6) Os efeitos do cristianismo aparecem mais claramente quando se considera a cultura dos povos cristãos a par das míseras condições que jaz
o paganismo. – Eu creio, Jesus, que realmente sois o Filho do Deus vivo!
- Jesus é o Messias.
Por que Jesus Cristo é o Messias prometido?
Jesus Cristo é o Messias prometido:
1) Porque nele se realizaram todas as profecias. S. Mateus provou isso em seu Evangelho.
2) Porque o Reino fundado pro ele, a Santa Igreja, sempre perdura. Todas as igrejas dos falsos Messias desfizeram-se, apesar de numerosos adeptos. A de Cristo, porém, não se desfez, a despeito de todos os obstáculos. Isto serve de prova para sua missão divina.
3) Porque o anjo, nas planícies de Belém, o anunciou como Messias.
4) O próprio Cristo chamou-se Salvador, em conversa com a samaritana e perante Caifaz.
Por que chamamos Jesus Cristo de Nosso Senhor?
Chamamos Jesus Cristo de nosso Senhor por ser ele nosso Criador, Redentor, Legislador, Mestre e Juiz.
O Espírito Santo (1)
A revelação do Espírito Santo
Quando foi que se revelou o Espírito Santo?
O Espírito Santo revelou-se no batismo de Jesus e em Pentecostes.
No batismo de Jesus, o Espírito Santo tomou a forma de uma pomba, porque ele nos comunica a singeleza e bondade de coração, qualidades próprias da pomba. No Pentecostes, tomou a forma de línguas de fogo, porque ilumina a nossa inteligência. Apareceu ao sopro rijo do tufão, porque impele nossa vontade para o bem.
A operosidade do Espírito Santo
Como opera o Espírito Santo?
O Espírito Santo opera do seguinte modo: 1) Concede a todos os homens a graça atual; 2) concede a muitos a graça santificante; 3) juntamente com ela, em geral, os sete dons (raramente dons extraordinários) e 4) Ele conserva e dirige a Igreja Católica.
Graça é um benefício imerecido, p. ex., o indulto de um condenado é uma graça. O Espírito Santo confere graças sobrenaturais, que contribuem para o bem estar eterno, como a remissão dos pecados. O Espírito Santo termina a obra da redenção; distribui as graças que Jesus mereceu com sua morte na cruz. O Espírito Santo é comparável ao Sol que faz germinar o grão plantado.
a) A graça atual
Em que consiste a graça atual?
A graça atual consiste no Espírito Santo, em certos momentos, iluminar-nos o entendimento e robustecer-nos a vontade.
Assim fez o Espírito Santo no Pentecostes; iluminou o entendimento dos apóstolos (daí as línguas de fogo)e fortaleceu-lhes a vontade (daí o sopro). Sobre o filho pródigo, o Espírito Santo atuou na hora da necessidade; sobre Saulo, perseguidor dos cristãos, às portas de Damasco e sobre Sto. Inácio de Loiola, durante a leitura da vida dos Santos. Como se vê, a atuação do Espírito Santo às vezes tem sido visível e audível, pois Deus, exteriormente, dava sinal do que se passava na alma. Pode-se encontrar semelhança entre a atuação do Espírito e a do Sol: este ilumina e aquece.
Quando o Espírito Santo costuma atuar sobre nós?
O Espírito Santo costuma atuar sobre nós nas desgraças e na pregação do Evangelho.
Sobre o filho pródigo e Sto. Inácio de Loiola ele atuou na desgraça, sobre São Francisco de Bórgia na presença do cadáver da Imperatriz Isabel, sobre os judeus no Pentecostes durante a pregação dos apóstolos. Antes de atuar sobre a alma, Deus costuma amolecê-la com o sofrimento, assim como se amolece o lacre antes de imprimir o carimbo. O Espírito Santo atua sobre todos os homens. Por isso na vida de heterodoxos também ocorrem momentos de graça. Um meio muito eficiente de obter as graças do Espírito Santo é rezar ao Divino Espírito Santo:
“Vinde Espírito Divino,
Nossas almas renovai!
Sobre os peitos que criastes
Dons celestes derramai!”
O que devemos fazer quando o Espírito Santo atua sobre nós?
Quando o Espírito Santo atua sobre nós, devemos cooperar com sua graça.
O Espírito Santo é como um guia: pode-se segui-lo ou não. Portanto, pode-se também resistir ao Espírito Santo. Muita gente fez assim no Pentecostes, zombando dos Apóstolos e chamando-os de bêbados. Muitos ainda fazem assim quando, comovidos com algum caso de morte (ou fatos idênticos), em vez de rezarem e se confessarem, procuram distrair-se em algum divertimento profano. Deveriam, antes, proceder como Sto. Inácio de Loiola que, depois de sua conversão, se retirou à solidão e rezou a Deus com muito fervor.
b) A graça santificante
O que é a graça santificante?
A graça santificante é a beleza da alma e sua semelhança com Deus, prerrogativas estas que o Espírito Santo concede ao entrar na alma.
A alma que possui a graça santificante se parece com o ferro na brasa. O fogo penetra no ferro e o torna mais belo, reluzente, incandescente, igual ao próprio fogo (e ao ouro). Do mesmo modo a alma, quando nela entra o Espírito Santo, se torna bela e semelhante a Deus. Jesus compara essa beleza da alma à veste nupcial. A nova vestimenta do filho pródigo e a veste alva que se usa no batismo, simbolizam a graça santificante. – A palavra “santificante” indica que esta graça faz o homem santo e agradável a Deus.
Que privilégio alcançamos pela graça santificante?
Pela graça santificante alcançamos os seguintes privilégios: nos tornamos amigos e filhos de Deus e herdeiros do Céu.
Acontece-nos, ao entrar o Espírito Santo em nossa alma, coisa semelhante à que aconteceu no batismo de Jesus Cristo, em que o Espírito Santo desceu sobre ele: Deus Pai nos adota como filhos muito geridos e é aberto a nós o acesso ao Céu.
Que transformação opera a graça santificante na alma?
A graça santificante opera na alma as seguintes transformações: 1) Une a Alma com Deus, 2) Purifica a alma de todos os pecados mortais e 3) desperta a alma para a vida.
1) Assim como o fogo está dentro do ferro incandescente, Deus está na alma do justo. Por isso S. Paulo muitas vezes chama os cristãos de “templos de Deus” O justo está unido a Deus como o ramo da videira à cepa. Desde então começa a produzir frutos para a vida eterna. (As boas obras do pecador são mortas, q. d. não têm recompensa na outra vida). 2) A alma em estado de graça perde os pecados, como o ferro em brasa perde a ferrugem. De pecador o homem passa a ser justo. Esta elevação do homem chama-se “justificação”. 3) A alma volta a possuir aquela vida que perdera em conseqüência do pecado original. Pela graça santificante, por assim dizer, “renasce” espiritualmente. Por isso chama-se ao Divino Espírito “Vivificador”.
Quando se alcança a graça santificante?
Se alcança a graça santificante: 1) recebendo o sacramento do batismo ou da confissão, 2) cooperando seriamente com a graça atual.
1) Os sacramentos do batismo e da confissão são chamados de sacramentos dos mortos, porque reavivam os que estavam espiritualmente mortos. 2) O batismo de Cornélio demonstra como recebe a graça santificante aquele que coopera seriamente com a graça atual. Esta é também a doutrina da Igreja sobre a contrição perfeita. – Podemos aumentar em nós a graça santificante praticando boas obras, fazendo bom uso dos sacramentos e dos meios sacramentais. Tal como o vigor do corpo, a santidade da alma também pode aumentar.
Perde-se a graça santificante pelo pecado mortal.
Acontece à alma que peca mortalmente o mesmo que acontece ao corpo quando a alma o abandona: perde a vida. Se a alma perder a vida (ficando, pois, sem a veste nupcial), não a deixarão entrar para o banquete nupcial do Céu, mas atirarão esta alma às trevas exteriores.
c) Os dons do Espírito Santo.
Que dons outorga o Espírito Santo?
O Espírito Santo outorga:
1) A todos que possuem a graça santificante, sete dons, a saber: o dom da sabedoria, do entendimento, da ciência, do conselho, da fortaleza, da piedade e do temor de Deus.
A luz solar também possui sete cores. O Espírito Santo só concede os sete dons particularmente na crisma. Estes dons aperfeiçoam ou a inteligência ou a vontade. Exemplos: O dom da sabedoria faz com que se reconheça bem a caducidade das coisas temporais, e se considere a Deus como sumo bem. Salomão o possuiu. Dizia ele: “Ó vaidade das vaidades, tudo é vaidade!”. Teve-a também São Francisco de Assis, que exclamava: “Meu Deus e meu tudo!”. O dom do conselho, por sua vez, faz com que, em casos complicados, se reconheça rapidamente o que se há de fazer de acordo com a vontade de Deus. Vemos este dom em Jesus Cristo que soube prontamente responder à pergunta sobre se deveria ou não pagar o tributo a Cesar. O dom da fortaleza tem a propriedade de robustecer a vontade. Ele faz com que suporte corajosamente tudo, para cumprir a vontade de Deus. Jó, o sofredor, teve este dom; tiveram-n, igualmente, todos os mártires.
2) Algumas vezes dons extraordinários, como o dom dos milagres, das profecias e das línguas.
Os apóstolos tiveram o dom dos milagres; os profetas o da profecia; os apóstolos tiveram o das línguas no dia de Pentecostes. Este último dom Deus o concedeu para reerguimento da verdadeira fé.
d) O Espírito Santo na Igreja.
Como opera o Espírito Santo na Igreja?
O Espírito Santo opera na Igreja do seguinte modo: 1) Protege-a da ruína e do erro, 2) Ajuda o chefe supremo e os demais chefes da Igreja, 3) Suscita, em tempos de perigo, homens de valor e 4) Faz com que, em todos os tempos, haja Santos.
O que a alma é no corpo, o Espírito Santo é na Igreja. Assim como no dia de Pentecostes Ele estava na casa dos santos Apóstolos, está ainda agora na Santa Igreja.
A Igreja (8)
A comunhão dos santos.
Em que consiste a comunhão dos Santos?
A comunhão dos Santos consiste nos fiéis desta Terra formarem com as almas do purgatório e os Santos do Céu uma só família, amando-se e auxiliando-se mutuamente.
1) Todos são filhos do mesmo pai e chamados à santidade e à bem-aventurança eterna. 2) Os Santos do Céu, chamam-se Igreja Triunfante por terem já alcançado o seu fim, que é a união com Deus; as almas do purgatório chamam-se Igreja Padecente, porque têm ainda que padecer; os fiéis da Terra chamam-se Igreja Militante, porquanto ainda têm que combater pelo seu ideal celeste com a realização de boas obras e com a vitória sobre as tentações. 3) Os membros desta grande comunidade estão intimamente ligados a Cristo, como os membros do corpo estão à cabeça. Esta união é o Espírito Santo que estabelece.
Que vantagem lucram dessa sua missão os membros da comunhão dos santos?
Os membros da comunhão dos Santos auferem de sua união as seguintes vantagens: 1) podem auxiliar-se mutuamente com orações e boas obras; 2) participam dos tesouros espirituais da Igreja.
1) Os membros da comunhão dos Santos auxiliam-se mutuamente como os órgãos do corpo. A força e a saúde de um órgão, como o estômago, a do pulmão, vem remediar a debilidade de outros membros menos fortes. a) A libertação de S. Pedro do cárcere e a conversão de Sto. Agostinho demonstram como os fiéis na Terra podem auxiliar-se mutuamente. Diz S. Tiago: “Rezai uns pelos outros para que sejais salvos!”. b) Nós podemos auxiliar as almas do purgatório, e estas, por sua vez, a nós. Foi por isso que Judas Macabeu mandou oferecer sacrifícios pelas almas dos guerreiros sucumbidos. c) Também os Santos do Céu nos auxiliam com sua intercessão, particularmente quando invocados. Pela visão de Judas Macabeu sabemos que Jeremias, o profeta, intercedia constantemente junto a Deus pelo povo judaico. Se o próprio avarento procurava interceder no inferno pelos seus irmãos na Terra, quanto mais não hão de interceder por nós os nossos amigos no Céu, pois “o amor não morre” (S. Paulo).
2) O Pai Nosso e as orações da Santa Missa provam que tiramos proveito dos tesouros espirituais da Igreja; pois, nessas orações realiza-se por todos. A doutrina da comunhão dos Santos consola-nos na morte; porquanto sabemos que depois da morte encontraremos um poderoso auxílio nas orações da Igreja. S. Francisco Xavier, apóstolo das índias, consolava-se nas suas perigosas viagens missionárias com o pensamento de ser favorecido pelas orações da Igreja.
A Igreja (7)
A Igreja e a cultura
Por onde se vê que a Igreja favorece a cultura?
Vê-se que a Igreja favorece a cultura pelo seguinte:
1) Desde sempre a Igreja vem fundando escolas e institutos de benefici
A maior parte das próprias Universidades devem sua origem à Igreja; do mesmo modo muitos institutos de educação para cegos e surdo-mudos, orfanatos, hospitais, hospícios, asilos de inválidos, etc. É injusto, pois, tratar as propriedades da Igreja como “bens de mão morta”.
2) A Igreja salvou obras primas da antiguidade da ruína.
Os monges medievais copiaram os filósofos pagãos e os historiadores, legando-os À posteridade. Os Papas e os mosteiros reuniram nas suas bibliotecas as mais celebres obras.
3) Desde sempre a Igreja construiu os mais suntuosos edifícios.
4) Cultivou também sempre as belas artes: música, escultura e pintura.
5) A Igreja tornou habitáveis enormes extensões de terra.
6) Sacerdotes e monges fizeram importantíssimas invenções.
O diácono Flávio Gioja inventou o ímã e a bússola, o frade Bertoldo Schwartz a pólvora, o cônego Copérnico descobriu a rota dos astros, o padre Schhi a análise espectral, etc.
Pela dianteira que os povos cristãos levam aos demais povos na cultura, vê-se quanto o Cristianismo tem contribuído para a civilização e para cultura dos povos.
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